Do g1
O chefe de uma quadrilha especializada em roubo de relógios de luxo foi preso em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (veja vídeo acima). De acordo com a Polícia Civil, a “Gangue do Rolex” atua em várias capitais do país roubando peças que podem custar mais de R$ 150 mil. Uma das vítimas recentes foi o jornalista Leo Dias.
A prisão aconteceu na quinta-feira (7), em um flat no bairro de Piedade, no âmbito da operação Cartada Final. Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e oito, de prisão. Duas pessoas foram presas em Brasília; duas, em São Paulo; e uma em Pernambuco.
O homem de 35 anos preso em Jaboatão não teve nome divulgado. Com ele, a polícia apreendeu:
- Quatro relógios da marca Rolex, avaliados em R$ 150 mil cada;
- Uma motocicleta.
Ainda segundo a polícia, o criminoso possui antecedentes criminais nos estados do Paraná e Santa Catarina. Ele foi levado para Delegacia de Roubos e Furtos, em Afogados, na Zona Oeste do Recife.
Segundo o delegado Cláudio Castro, da Polícia Civil de Pernambuco, o chefe da quadrilha preso no Recife deve responder pelo crime de receptação, já que ele estava com quatro relógios roubados.
“Na investigação, desenvolvida no Distrito Federal, ele é tido como líder dessa associação criminosa. Na oportunidade que ele foi preso, nós apreendemos quatro relógios. Dois deles já foram identificados seu proprietários, que se apresentaram na delegacia, na última sexta-feira”, afirmou.
Leo Dias teve relógio roubado
De acordo com as investigações, a quadrilha focava especialmente em áreas nobres e alto poder aquisitivo. Uma das possíveis vítimas foi o jornalista Leo Dias, que teve o relógio roubado em setembro deste ano.
Na ocasião, Dias estava em uma avenida no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul, dentro do carro, esperando o sinal liberar, quando foi abordado pelo assaltante. A corporação investiga o envolvimento da organização criminosa no assalto ao apresentador e busca descobrir quem executou o assalto.
“Há grande possibilidade que sim [se trate da mesma quadrilha]. Resta ainda identificar quem são os executores desse roubo. Tudo leva a crer que eles fazem parte de uma mesma associação criminosa, mas ainda estamos trocando informações, coletando imagens, provas, e todo o arcabouço da investigação”, explicou o delegado.
Os integrantes da quadrilha eram divididos em funções, segundo a polícia:
- Olheiros: identificavam as possíveis vítimas
- Executores: praticavam o assalto armados e abordavam as vítimas de forma violenta, na maioria das vezes em semáforos
- Suporte logístico: responsável pela organização da hospedagem para olheiros e executores cometerem os crimes. Esses integrantes também conseguiam motocicletas com placas adulteradas para a realização dos assaltos
- Rede de receptadores: relógios roubados eram rapidamente encaminhados para uma rede que conta com ligações internacionais.
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